segunda-feira, 23 de junho de 2014

Discurso das ACTIBISTAS na MOL 2014

Estou aqui em representação do colectivo pela visibilidade bissexual ACTIBISTAS que marca presença nesta marcha do orgulho lésbico, gay, bissexual e trans, porque nós, bissexuais, também existimos e viemos reclamar o nosso espaço!

A bissexualidade é tendencialmente e facilmente apagada das manifestações públicas de orgulho e/ou reivindicações LGBT*, em função do reconhecimento dicotómico de identidades gays e lésbicas versus hétero, que, quanto a nós, não faz qualquer sentido.
A bifobia é uma realidade que vivemos diariamente. Há quem nos invisibilize, diga que não existimos, que estamos confusas e confusos, que não sabemos o que queremos, que um dia saberemos o que somos e quem “realmente” amamos. Há quem diga que somos promíscuas e promíscuos, que não nos sabemos comprometer, ou que somos egoístas e insaciáveis.
Mas nós estamos aqui para dizer que a nossa identidade não é sinónimo de confusão. Que podemos ser promíscuas ou promíscuos se quisermos e não o ser, se não quisermos. Que não estamos confusas ou confusos por gostarmos de homens e mulheres, ou até por não ligarmos ao género. Que as nossas escolhas são tão válidas e honestas quanto as de qualquer gay e lésbica e hétero. Que o que conta é como estamos com as pessoas e como construímos as nossas relações e não o conteúdo ou forma destas relações!

Em 1970, para assinalar o 1º aniversário dos motins de Stonewall, uma das principais responsáveis pela organização do primeiro Pride, ou marcha do orgulho, foi uma mulher bissexual chamada Brenda Howard (1946-2005) - as pessoas bissexuais estão presentes na história dos movimentos LGBT desde o começo, e todos os dias, não podendo continuar a ser invisibilizadas. Queremos visibilidade, direitos iguais, respeito e liberdade, e não nos satisfaremos com menos do que isso!

Podem assistir ao vídeo aqui.

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